O médico que investiga e/ou trata a Síndrome do Intestino Irritável é o gastroenterologista, a Dra Carolina Dias é gastroenterologista e vai te ajudar a resolver a sua queixa.
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Você tem dores abdominais acompanhadas de alterações na consistência das fezes ou da frequência das suas evacuações? Vive com distensão abdominal e desconforto? Bem, se você tem esses sintomas e pensa ser normal conviver com eles, saiba que você pode ter a Síndrome do Intestino Irritável ou “intestino irritado” e que podemos melhorar e muito o seu dia a dia.
A Dra Carolina Dias é gastroenterologista, membro titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia e membro do corpo clínico da equipe de gastroenterologia do Hospital Felício Rocho e pode te auxiliar nesta investigação.
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Vem comigo descobrir mais sobre esse assunto!
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O QUE É O INTESTINO IRRITADO?
A Síndrome do intestino Irritável (também conhecida como Síndrome do Intestino Irritado ou SII) é um distúrbio de causa multifatorial e até comum na nossa população que afeta o intestino grosso. Se apresenta por meio de dor abdominal associada a alteração na consistência e na frequência das evacuações, podendo muitas fezes cursar também com distensão abdominal (inchaço), gases e indisposição.
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QUAIS SÃO AS CAUSAS DA SII?
Dizemos que a causa é multifatorial pois envolve vários aspectos corporais e também emocionais, sendo alguns deles:
- Sensibilidade do intestino: a sensibilidade intestinal é individual e por isso algumas pessoas podem ter mais sintomas que outras.
- Alimentação: alguns alimentos alteram o ritmo de funcionamento do intestino, outros podem contribuir com uma maior produção de gases que levam ao inchaço e dor abdominal. Nem todos os alimentos afetam da mesma maneira todas as pessoas, mas alguns grupos são sabidamente alimentos que devem ser reduzidos como os ricos em gorduras, cafeína, álcool, lácteos e FODMAPS.
- Alterações da motilidade intestinal: o intestino pode funcionar mais rapido ou lentamente a depender dos alimentos ingeridos, situação emocional, microbiota, dentre outros fatores. Tais alterações podem levar ao desconforto, dor abdominal, diarreia ou constipação.
- Estresse: o estresse pode causar alterações no funcionamento do intestino, em algumas pessoas constipação e em outras, diarreia ou até mesmo uma alternância dos dois, além de dor abdominal.
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SINTOMAS
Felizmente, estes pacientes não têm aumento de chance de desenvolverem câncer de intestino, não cursam com lesões da mucosa intestinal, alteração de absorção de nutrientes, perda de peso não intencional, despertares noturnos, sangramentos nas fezes ou outros sintomas de alarme.
Porém apresentam sintomas que podem alterar e muito a qualidade de vida e o convívio social, já que alguns pacientes deixam que comer em confraternizações com medo de necessitarem de um banheiro ou de se sentirem constipados ou distendidos.
Os sintomas são individuais e podem incluir:
- Dor abdominal: mais comumente do tipo cólica, sendo a dor um sintoma obrigatório para o diagnóstico da SII.
- Distensão abdominal / inchaço: sensação de gases aumentados, barriga distendida ou burburinhos abdominais são comuns dentre os pacientes.
- Alternância de diarreia e constipação: é comum o paciente apresentar uma forma mista que alterna esses dois ritmos de evacuação e, muitas vezes, não entender o que acontece com seu intestino.
- Constipação: menos de 1 evacuação a cada 3 dias, sensação de evacuação incompleta, fezes ressecadas (como bolinhas).
- Diarreia: mais de 3 evacuações ao dia geralmente com fezes pastosas a líquidas.
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DIAGNÓSTICO
Não existe um exame certeiro ou marcador que defina o diagnóstico, este é feito na verdade por uma avaliação clínica minuciosa da história da doença e sintomas apresentados pelo paciente.
Apesar de não serem necessários para o diagnóstico, outras condições podem ser excluídas como:
- Intolerâncias e/ou alergias alimentares como por exemplo a intolerância à lactose, doença celíaca (intolerância ao glúten), sintomas relacionados a outros alimentos muitas vezes identificados através da confecção de um diário alimentar tentando relacionar os sintomas com os alimentos ingeridos naquele dia.
- Infecções intestinais que podem alterar o ritmo intestinal e cursar com dores.
- Deficiência enzimática na qual o pâncreas não consegue processar adequadamente a gordura dos alimentos levando à evacuações com fezes amolecidas e gordurosas, que muitas vezes chegam a boiar no vaso sanitário.
- Alterações no funcionamento da glândula tireoide.
- Uso de medicamentos que podem influenciar no ritmo intestinal tanto causando constipação como diarreia.
Por vezes, a depender da intensidade dos sintomas, seu médico pode lançar mão de alguns exames de imagem como tomografia de abdome, enterografia, colonoscopia, sigmoidoscopia, dentre outros, para excluir dúvidas diagnósticas, mas a decisão sobre solicitar tais exames deve ser individualizada de acordo com o quadro de cada paciente.
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TRATAMENTO
Muitas são as abordagens no tratamento da SII incluindo alterações na dieta, em hábitos de vida e terapias comportamentais, dentre as várias opções de abordagem temos:
Realização de atividade física regular: atividade física de no mínimo 150 minutos semanais ajuda a reduzir a sobrecarga de estresse, liberar endorfina que é o hormônio que proporciona sensação de bem-estar, além de ajudar a melhorar a motilidade intestinal o que melhora e muito os sintomas da SII.
Medicamentos: existem opções para modulação de dor, como também das contrações intestinais, para ajudar o intestino a ter um ritmo mais estável que podem apresentar ótimos resultados.
Reeducação alimentar: uma dieta rica em bons nutrientes e uma hidratação adequada pode ajudar no funcionamento do intestino melhorando muitos sintomas. Alguns alimentos a serem observados e até mesmo reduzidos incluem os ricos em gordura, cafeína, álcool, alimentos contendo leite e derivados, dentre outros. Os alimentos ricos em FODMAPS (oligo, di, monossacarídeos e polióis fermentáveis) podem causar aumentos de gases e desconforto e nos pacientes que identifica piora dos sintomas com esses alimentos, o alimento gatilho pode ser reduzido objetivando-se uma melhora clínica.
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E você, sente esses sintomas ou conhece alguém que possa ter a Síndrome do Intestino Irritável?
Agende uma consulta para melhor avaliarmos a situação.